Lu e Dudu

Lucilene - Natural de Viçosa , 28 anos, jornalista. Adora escrever, conversar com amigos.  

& 

Eduardo - Natural de BH, 28 anos, instrutor. Adora comer biscoito de chocolate. (Trakinas de preferência) 

 

Quem disse que amor de carnaval não sobe a serra

Porque era pra ser...

Janeiro de 2005: Lucilene estava totalmente sem dinheiro, o pai mandou escolher, ou ela iria para a praia ou comprava uma cota no clube. Decidiu então, que compraria a cota no clube, afinal daria para aproveitar mais o verão.
Destemida, assim que o pai comprou a cota no clube, ela pediu carinhosamente ao pai para ir a praia (Piúma) com a irmã Marcilene e amiga Maira. Ele achou ruim porque era para ser ou um ou outro. Mas, como sempre, o discurso já estava pronto e ela já havia resolvido tudo, até mesmo, em relação ao pouco dinheiro que levaria para viajar, bastava o pai (Juarez) deixá-la ir curtir o carnaval na praia. E assim aconteceu.

Fevereiro de 2005. Praia, sol, mar. As três amigas em Piúma sexta-feira de carnaval. As amigas curtiram horrores, riram alto, dançaram, beberam e se divertiram.

Sábado dia 05: Diversão, trio elétrico etc. No sábado a tarde, após um banho tomado, cheirosas e prontas para ir a mais um trio elétrico. Nas ruas sujas, emburacadas e cheias de barro de Piúma elas conhecem o Rogério e pediram carona para levá-las até a orla que estava a algumas quadras dali.
Rogério (Roger), hoje padrinho de casamento, ao invés de levá-las para a praia seguiu outro caminho e as levou para perto de uma casa grande CHEIA de homens. As 3 amigas desceram do carro correndo, bravas com o Rogério que até então parecia um rapaz sério e respeitoso.
Elas saíram brigando com ele na rua, ele atrás delas tentando explicar que aqueles rapazes eram apenas uns amigos de BH. Lucilene tentando ser esperta, falava para Marciene e Maira. “Gente vamos embora ele disse que é de BH, mas a placa do carro dele está escrito contagem”. (srsrs) Contagem/BH praticamente, a mesma cidade.
Elas então foram embora com raiva de toda aquela situação. Rogério era mesmo insistente e foi trás delas. Mas com alguns minutos de conversa ele se tornou amigo de infância das meninas. Naquele dia ele passou algum tempo com elas, chegou até defendê-las de rapazes bêbados tentando agarrá-las no meio do trio elétrico.

Em uma tarde de domingo...
Domingo dia 06: No domingo pela manhã, Lucilene e Marcilene são acordadas com um buzinaço. Quando elas chegaram da varanda, viram a amiga Maira com, praticamente uma procissão de carros dezenas de homens e com o tal amigo Rogério. Elas sem entender muito desceram as escadas. (Importante), Lucilene desceu na frente e a irmã Marcilene atrás. Sem conhecer ninguém elas tentaram conversar com Maira somente pelo olhar para tentar entender a situação. Mas nesse momento alguém pegou fortemente as mãos das Lucilene não soltou mais. LITERALMENTE, o dudu não soltou as mãos da Lucilene. Ela, sem entender nada, olhava para as amigas como quem queria pergutar: “porque ele não solta a minha mão?” No entanto, a Lucilene gostou da situação, foi como se ele a tivesse escolhido, essa aqui é minha e ninguém tasca.
E assim foi a primeira vez que eles se viram.

Nesse mesmo dia, foram para praia juntos, e, juntos tomaram um choque com um carro de som de um dos amigos da turma. (Acho que esse choque pode ter unidos para sempre).

O discurso...

Lucilene vivia na expectativa, com 22 anos, já tinha idade suficiente para arrumar o primeiro namorado. Mas, ela queria alguém especial e o discurso dela era: “Não vou namorar nunca um carinha daqui, conheço todo mundo de viçosa, acho todos uns chatos, não respeitam as mulheres, só querem aproveitar. Meu namorado com certeza será alguém de fora”.

Porque tinha que ser ele...
Depois de conhecer o dudu e passar o domingo juntos. Lucilene e Eduardo já estavam encantados um pelo outro. Ela nunca tinha visto um rapaz tão atencioso e carinhoso. Principalmente, num lugar como aquele, em pleno carnaval. A empolgação era tamanha e, aumentava cada vez mais, quando as amigas diziam: “Nossa ele é rapaz para namorar, que pena morar tão longe. Que pena”.

E assim, eles viveram aqueles dias como se fossem namorados, até aqueles ciuminhos básicos de quem namora teve e, também, aquelas conversas sérias. Isso tudo quando eles pensavam que era apenas um affair de carnaval.

Último dia de carnaval: Acabou o carnaval, o “namoro de carnaval, iria ficar apenas na lembrança de cada um deles. Não existia facebook, twitter, e nem mesmo orkut eles tinham na época. O máximo era telefone e e-mail. Mas nem ela, nem ele trocaram telefones.

O início ...

Quinta-feira dia 10: Lucilene acorda vai trabalhar, volta para casa e recebe uma tele-mensagem. Ela ficou eufórica, não entendia como ele tinha conseguido telefone dela. Nunca imaginaria receber aquela ligação. Depois disso, já não tinha mais jeito estavam apaixonados um pelo outro e a distância nunca foi obstáculo.

17-11-2012- Data do Casamento de um relacionamento que começou no carnaval. Ela morava em viçosa MG, cidade que ele nunca tinha ouvido falar. Ele morava em contagem MG.
E aí? Quem agora duvida que amor de carnaval não sobe serra.